Publicação de estudos sem revisão de conteúdo ganhou impulso na pandemia, mas resultados desses trabalhos devem ser vistos com cautela

Breno Benevides I Rádio UFMG Educativa
Nos últimos meses, resultados de várias pesquisas circulam pela internet com informações ou descobertas inéditas relacionadas ao novo coronavírus. Parte desses trabalhos, que tem alimentado a imprensa e até os grupos de WhatsApp, recebe o nome de preprints e ainda não foi publicada em periódicos científicos, mas já leva uma série de resultados ao público em velocidade sem precedentes na história da ciência. Os preprints ou pré-publicações são como manuscritos de uma pesquisa. Eles recebem esse nome porque ainda não passaram pela rigorosa avaliação feita por outros especialistas, à qual se submetem os artigos tradicionais.
A ausência de processos de revisão do conteúdo desperta críticas de parte da comunidade científica, já que muitos resultados ou informações dos preprints podem conter erros. Mas também há aqueles que defendem esse modelo, com base no argumento de que esses trabalhos aceleram a difusão de conclusões que podem ser úteis para o desenvolvimento de vacinas eo tratamento de doenças, por exemplo. Essa rapidez ganhou ainda mais importância com a situação de emergência sanitária provocada pela covid-19.
As vantagens e desvantagens dos preprints são debatidas no novo episódio do programa Outra estação, da Rádio UFMG Educativa. Foram entrevistados a pesquisadora do Laboratório de Estudos Avançados do Jornalismo e coordenadora da especialização em jornalismo científico da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Germana Barata, o professor do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG Vasco Azevedo, o professor do Departamento de Sociologia da UFMG Yurij Castelfranchi, que também é coordenador da Especialização em Comunicação Pública da Ciência da UFMG, e o diretor do programa SciELO, Abel Packer.
Leia a matéria completa publicada pela Universidade Federal de Minas Gerais