De revista dadaísta a fotos da Rússia imperial, cerca de 50 mil itens já foram digitalizados e liberados gratuitamente na internet

O Metropolitan Museum of Art, em Nova York, vem digitalizando quantidades significativas de sua biblioteca de quase um milhão de volumes. Em março de 2018, o museu já contava com cerca de 50 mil títulos digitalizados, segundo um post no blog da instituição. A iniciativa visa preservar materiais em papel que correm o risco de se deteriorar.
No site do museu, o material fica na seção Digital Collections. Ele pode ser lido on-line ou baixado no formato PDF. A iniciativa se junta a um esforço geral de disponibilização do acervo do Metropolitan na rede. Em março do ano passado, 375 mil imagens de obras de arte do acervo foram colocadas no ambiente virtual.
A variedade dos materiais da biblioteca cobre inúmeros formatos, estilos e épocas. Há uma seção dedicada apenas a “livros raros”.
“Interessado em Dada?”, pergunta o blog do museu. Um dos itens digitalizados recentemente é um número da revista dadaísta “The blind man”. A publicação era editada por um dos precursores do movimento, Marcel Duchamp, e traz uma imagem de sua obra mais conhecida, “Fonte”, réplica de um mictório de porcelana que o artista assinou como “R. Mutt, 1917”.

Outra seção disponibilizada consiste de livros raros da Rússia imperial e início da era soviética. São materiais como livros ilustrados, álbuns de fotografias, catálogos de exibições e catálogos de coleções particulares e institucionais, russos e ucranianos, datados dos séculos 19 e 20. Um dos volumes, da década de 1880, é um levantamento fotográfico de igrejas de toda a Rússia.
Há coisas mais recentes também, como materiais explicativos da mostra da estilista japonesa Rei Kawakubo, fundadora da grife Comme des Garçons. Realizada em 2017, a exposição focou em seus trabalhos do início dos anos 1980.
A seção Costume Institute agrupa muitas coleções e conjuntos relacionados à moda, incluindo publicações, fotos, tecidos, catálogos e desenhos. Há uma coleção de panfletos sobre o “dandismo”, movimento inglês do século 19 que glorificava a estética e aparência, e que tinha o escritor irlandês Oscar Wilde (1854-1900) entre seus adeptos.
Fonte: NEXO JORNAL