Agenda enfatiza a mulher como construtora e guardiã das bibliotecas no tempo

“Não é possível fazer a história da Biblioteca dos Papas sem iluminar o contributo das mulheres”, escreve o cardeal português José Tolentino Mendonça, bibliotecário da Santa Sé, na apresentação da nova Agenda 2021 da Biblioteca Apostólica Vaticana, dedicada ao tema “A mulher e os livros. A mulher como construtora e guardiã das bibliotecas no tempo”.
“Mulheres escritoras, mulheres artistas, mulheres teólogas, mulheres protagonistas da vida da Igreja, mulheres mecenas, mulheres criadoras, mulheres de ciência e de cultura. E tudo é hoje assim. Basta pensar que mais da metade da comunidade de trabalho que faz funcionar a Biblioteca Apostólica do Vaticano é constituída por mulheres”, acrescenta o primeiro diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, em Portugal.
A agenda desvela ainda a “presença da mulher nos tesouros literários e iconográficos da Biblioteca Apostólica do Vaticano”, escreve o cardeal num texto de apresentação da nova edição publicado no jornal L’Osservatore Romano.
No artigo, aponta a página do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, o biblista recorda o comentário de Santo Ambrósio à narrativa bíblica da anunciação: “resultou útil a Maria, no seu colóquio com o arcanjo, ter lido antecipadamente o profeta Isaías, em particular o passo em que se diz que uma virgem dará à luz um filho”. Estas palavras, acrescenta, ofereceram “ao imaginário artístico ocidental aquele que se tornaria depois um dos elementos mais curiosos e constantes na representação do mistério da encarnação: a presença de um livro entre as mãos da Mãe de Cristo”.
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