Programação paralela da Flip, com o apoio do Itaú Social, contou com mesas que trouxeram discussões sobre qualidade, literatura negra e literatura indígena
Se a leitura é um direito de todos, como os livros chegam nas mais diversas camadas da sociedade? Quando chegam, têm qualidade? Contemplam as narrativas dos povos originários e da população negra? Estas questões foram discutidas durante a programação paralela da Flip, com apoio do Itaú Social, que promoveu mesas sobre a oferta e seleção das obras literárias no Brasil e a importância da literatura negra e literatura indígena na primeira infância.
Na sexta-feira, dia 4 de dezembro, durante a mesa “Literatura e escrita de qualidade para quem?”, a superintendente do Itaú Social, Angela Dannemann, destacou que a educação de qualidade, incluindo a literatura e a escrita, deve ser para todos e todas. “Senão, não é qualidade”. Porém, quem escolhe os livros disponíveis nas escolas e bibliotecas, por exemplo? “A escolha precisa ser alimentada por muitas pessoas e muitas cabeças pensando naquele momento presente”.
A bibliotecária Thaís Rodrigues, da RNBC (Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias), explicou que, além de acervos temáticos, como povos quilombolas, indígenas e feministas, as bibliotecas comunitárias têm trabalhado no conceito da bibliodiversidade. De acordo com ela, há uma perspectiva de como que elas vão atender as necessidades das comunidades assistidas, com a inclusão da literatura periférica e atividades que também valorizem a oralidade, como o slam e o rap, por exemplo.
A mesa contou ainda com a participação da escritora Neide Almeida e da editora Dolores Prades, diretora do Instituto Emília, que falou sobre as ideias do livro recém publicado “Somos mesmo todos censores?”, de Perry Nodelman.
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