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E os eventos literários? Como ficam?

Podcast do PublishNews conversou com os responsáveis pela Feira do Livro da Unesp, do Flipoços, do Fliaraxá e da Flip para saber os impactos da pandemia do novo coronavírus nestes eventos

Aglomeração de leitores na frente da Casa Folha, na Flip | © André Argolo
Aglomeração de leitores na frente da Casa Folha, na Flip | © André Argolo

No mundo do livro, um dos efeitos da escalada do coronavírus foi a suspensão de eventos literários. Eles foram caindo como uma fileira de dominós: primeiro a Feira de Bolonha, depois o Salão do Livro de Paris, até a Feira do Livro de Londres, talvez a mais importante do primeiro semestre. Desde a confirmação do primeiro caso da covid-19, no fim de fevereiro, organizadores das nossas feiras e festas literárias também tiveram que ficar atentos e não tardou para que elas também fossem sendo adiadas.

Como foram os bastidores dessas decisões? Que impactos isso pode ter nesses eventos e no calendário, uma vez que quase todos os festivais foram transferidos para o segundo semestre? A programação? Terá que ser alterada?

Para tentar responder a essas perguntas, o Podcast do PublishNews dessa semana conversou com responsáveis pela Feira do Livro da Unesp, do Flipoços, do Fliaraxá e da Flip.

Jézio Gutierre, da Feira do Livro da Unesp, disse que procurou a ajuda de especialistas antes de bater o martelo sobre o adiamento do evento. “Nós falamos com pessoas muito bem localizadas no Ministério da Saúde, na Secretaria da Saúde de São Paulo e chegamos à conclusão que até pela indicação e aconselhamentos com esses profissionais, que a melhor decisão a tomar seria justamente o adiamento, simplesmente para proteger todas as pessoas e não ser um vetor a mais para a disseminação da epidemia”, disse.

Mauro Munhoz, diretor artístico da Flip, frisou que não foi uma decisão fácil de se tomar. “O nosso programa principal já estava em boa parte definido […] Começamos agora, o delicado trabalho de comunicar a decisão a toda a cadeia de produção envolvida, convidados, parceiros, apoiadores, fornecedores e a equipe. Estamos nos reorganizando para seguir trabalhando remotamente para realizar a Flip em novembro”, contou.

Sobre o impacto econômico, os curadores ouvidos pelo PN acreditam que não será relevante, já que todos confiam que patrocinadores, parceiros e expositores continuarão remando no mesmo barco. “Felizmente, os nossos parceiros e patrocinadores estão conosco, não tivemos nenhuma baixa de patrocínio, nem de apoio. Todos continuam conosco”, adiantou Gisele Ferreira, curadora do Flipoços. “Com relação a orçamento, o Fliaraxá, como tantos outros projetos são de lei federal de incentivo à cultura, impacta pouco, porque basta transferir de uma data para outra e fazer a execução orçamentária conforme o previsto”, completou Afonso Borges, curador do Festival Literário de Araxá.

O acúmulo de eventos no segundo semestre preocupa os organizadores. Mas mais do que isso, essa concentração pode afetar a participação de expositores por exemplo, ou de frequentadores, que tenderão a viajar menos. O podcast desta semana ouviu o que cada um pensa sobre a questão e tratou de saber também, como ficará a programação de cada um deles.

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Fonte: PUBLISHNEWS

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