Reforma articulada pelo governo federal ameaça sobrevivência do setor editorial, diz Marcus Teles, dono da Leitura
Texto por Adriana Izel

(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press )
Desde que a primeira etapa da reforma tributária proposta pelo governo federal foi encaminhada ao Congresso pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, o mercado livreiro vive momentos de apreensão. Até então imunes a impostos, por determinação da Constituição Federal, e isentos de PIS/Pasep e Cofins, os livros serão impactados pela Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS), o novo imposto que prevê a tributação do produto em 12%.
Abaixo-assinado com mais de 1 milhão de assinaturas defende a não tributação do livro, alegando que o novo imposto tornaria o produto mais caro e menos acessível a setores mais vulneráveis da população. Parcela essa que mantém índices constantes de hábito de leitura, segundo mostrou a pesquisa “Retratos da leitura no Brasil”, feita pelo Instituto Pró-Livro em parceria com o Itaú Cultural. De acordo com esse levantamento, houve queda no número de leitores das classes A e B.
“Todo imposto, principalmente, para a pequena empresa, já é mais complicado. A gente enfrenta um problema anterior a isso: a falta de políticas públicas para a leitura. Publicar um livro e estimular a leitura é um esforço, uma luta diária das editoras e dos autores. Para aumentar o nosso desafio, ainda vem essa taxação dos livros, que já pagam impostos agregados à atividade funcional”, afirma o escritor Andrey de Amaral, responsável pela Editora Pergunta Fixar.
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