Criada por Mariza Cardoso, a Redata se especializou em auxiliar as companhias na questão documental

Foi na Universidade de São Paulo, durante o curso de comunicação, que Mariza Cardoso, 57, teve uma ideia não muito comum: aproveitar que já estava na universidade e fazer uma segunda graduação, em biblioteconomia. Não foi por acaso que a paulista pensou nisso. Na empresa onde trabalhava, cuidava de muitos documentos, e aí viu que o curso poderia ajudá-la a melhorar ainda mais.
Deu certo. Aproveitou a expertise dos dois cursos e abriu a Redata, uma empresa especializada no gerenciamento de informação e arquivos.
Fundada em 1987, a companhia acaba de completar três décadas de história. Em 2017, faturou R$ 1 milhão realizando trabalhos para bancos, empresas de engenharia e escritórios de advocacia.
Segundo Mariza, os empreendedores devem tomar cuidado na hora de arquivar seus documentos. “As empresas não imaginam a importância de um bom cuidado nessa área. Temos casos de empreendedores que tiveram que pagar multas pesadas porque não tinham guardado os comprovantes de pagamento”, afirma.
A Redata resolve exatamente esse tipo de problema, montando uma estratégia para organizar os documentos dos seus clientes. O primeiro passo é realizar um diagnóstico, mapeando os arquivos gerados dentro da empresa. A partir desses dados, o time de Mariza cria um procedimento por escrito, no qual orienta as ações que os empreendedores devem tomar.
Um dos exemplos mais comuns é apresentar a legislação de cada área. Empresas de recursos humanos, por exemplo, precisam ter os arquivos físicos por ao menos 30 anos. “A gente fala o que pode ser descartado e o que não pode. Treina os funcionários, faz uma auditoria e acompanha o trabalho.”
De acordo com a empreendedora, a Redata trabalha com dois modelos de negócio: ou cobra por cada projeto realizado ou oferece planos mensais ais ckuebtes. O trabalho varia de acordo com o volume de documentos. Em média, os projetos duram de quatro a seis meses, podendo custar de R$ 3,5 mil a R$ 25 mil por mês. “O nosso investimento é preventivo. Um processo por falta de organização pode sair muito mais caro que isso”, diz.