Em setembro chegará ao Brasil uma equipa de técnicos portugueses para identificar obras de maior valor para digitalizar nos gabinetes de Belém, Recife e Salvador.
Os gabinetes portugueses de leitura em Belém, Recife e Salvador vão avançar com uma digitalização de parte do seu acervo literário, cujo custo será financiado por empresários e investidores da diáspora, segundo indicou ao jornal “Público” o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro.
De acordo com o governante, “já em Setembro seguirá para o Brasil uma equipa de técnicos para identificar obras de maior valor que não estejam digitalizadas nos três gabinetes de leitura portugueses”.
O jornal não refere, contudo, quem serão os empresários que irão financiar este trabalho nem qual o montante de investimento necessário para o projeto.
Os gabinetes de leitura de Belém e de Salvador têm cerca de 40 mil livros cada um, enquanto o de Recife conta com 80 mil títulos. Entre as obras incluem-se “manuscritos e primeiras edições de grande parte dos mais importantes escritores portugueses, como Camões, Padre António Vieira, Fernando Pessoa, Camilo Castelo Branco, além de documentos manuscritos e cartas de marear desde o tempo das descobertas”, destaca José Luís Carneiro.
A iniciativa da digitalização surgiu depois do incêndio que destruiu o espólio do Museu da Língua Portuguesa em São Paulo. Um primeiro projeto avançou com a realização em abril último, na Embaixada de Portugal em Brasília, de uma reedição de “A arte da cozinha”, de João da Matta, de 1876.
Fonte: Portugal Digital