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Ler para os filhos torna os pais menos agressivos e melhora o comportamento das crianças

Um estudo americano revela que ao ler para o seu filho, você não estará beneficiando apenas a ele. Você também ganha com isso. Confira!

Leia com o seu filho! (Foto: Pexels)
Leia com o seu filho! (Foto: Pexels)

Que a leitura traz inúmeros benefícios para a criança, não é nenhuma novidade. Mas um novo estudo da Rutgers Robert Wood Johnson Medical School , publicado no Journal of Developmental & Behavioral Pediatrics, revela que ler para o seu filho pode ajudá-lo a ser um pai ou mãe ainda melhor.

Para chegar a essa conclusão, foram analisados dados de 2.165 pares de mãe e filho de vinte grandes cidades americanas. Os pesquisadores perguntaram com que frequência elas liam para os seus filhos com idades entre 1 a 3 anos. As mães foram entrevistadas dois anos mais tarde. Os cientistas queriam saber com que frequência elas usavam a disciplina física e/ou psicológica para corrigir o comportamento das crianças. O estudo controlou fatores como depressão parental e dificuldades financeiras que podem contribuir para a maternidade ou paternidade severa e o comportamento disruptivo das crianças.

Os resultados mostraram que a leitura compartilhada frequente nos primeiros anos de vida foi associada a pais menos agressivos aos 3 anos de idade. Já a leitura compartilhada frequente aos 3 anos foi associada a parentalidade menos severa aos 5. As mães que liam frequentemente com seus filhos também relataram menos comportamentos disruptivos, crianças com menos hiperatividade ou problemas de atenção.

Para os pesquisadores, as descobertas podem fortalecer programas que promovam o bem-estar acadêmico, emocional e socioeconômico das crianças. “A rotina simples de ler com diariamente com filho traz benefícios emocionais, que podem ajudar a aumentar o sucesso da criança na escola. Mas nossas descobertas também mostram que essa prática também pode podem ser aplicadas a programas que ajudam pais e cuidadores em áreas carentes a desenvolver habilidades parentais positivas”, disse o pesquisador Manuel Jimenez.

PALAVRA DE ESPECIALISTA BRASILEIRO

Segundo o pediatra Eduardo Goldenstein, membro do Departamento de Saúde Mental da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SP-SP), o grande problema é que vivemos em uma sociedade voltada ao consumo. “Incluimos desde cedo os pequenos neste mundo caótico da necessidade de eles terem mais e mais brinquedos e, mesmo eletrônicos, que pouco contribuem para a imaginação. Tudo é previsível e automático. Aguça-se o apetite para a velocidade, para a competividade, para a ansiedade de acabar o jogo logo, mas a criatividade é deixada de lado. A inteligência artificial compete e vence a imaginação infantil. Cada vez mais, as crianças brincam de maneira organizada, determinada, dirigida, presa”, afirma.

Para ele, falta mais liberdade. “Elas precisam de mais liberdade intelectual. Precisam da liberdade de imaginação. Não podem ter tudo pensado e mastigado. Precisam das histórias”, diz. Para ele, ao ler para o filho, o pai também aprende a ser mais paciente e amoroso. “Essas crianças precisam de mães presentes de corpo, alma e vontade. Contar histórias é um ato de amor. E o amor anda em baixa ultimamente”, finaliza.

Fonte: Revista Crescer

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