Livro compila exaustivamente os artigos jornalísticos deste que foi um dos principais intelectuais do século 19
Texto por Folhapress

No largo do Arouche, em São Paulo, há um monumento em bronze com o busto de Luiz Gama. Numa de suas passagens pela estátua, imperiosa e monolítica, a professora Ligia Ferreira refletiu. Por que Gama precisa ficar ali, calado, deixando os outros falarem por ele?
Epifanias como essa motivaram a publicação, pelas Edições Sesc, de “Lições de Resistência”, livro que compila exaustivamente os artigos jornalísticos deste que foi um dos principais intelectuais do século 19.
O lançamento de um volume graúdo com quase tudo o que escreveu na imprensa esse pensador negro e autodidata, que se libertou da escravidão para se tornar uma das principais vozes do abolicionismo brasileiro, vem afinado à onda dos movimentos que procuram resgatar figuras apagadas por uma história escrita por homens brancos.
Não é como se Luiz Gama fosse um desconhecido, como atestam o monumento no Arouche e relatos da enorme comoção pública em seu funeral. Mas é muito menos frequente na bibliografia de cursos de letras e direito que o trabalho de uma gama de pensadores brancos -Silvio Almeida, que se tornou presidente do Instituto Luiz Gama, afirmou em entrevista à Quatro Cinco Um que não ouviu falar dele durante toda sua formação acadêmica.
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