Contato com histórias desde cedo permite que a criança “tome gosto” pela leitura

É por meio das histórias que as crianças têm contato com os primeiros livros, com as letras, cores e sons. Pode parecer estranho, mas o ato de ouvir histórias faz tão bem aos pequenos que é recomendado até mesmo durante a gestação.
De acordo com a coordenadora pedagógica da Educação Infantil do Colégio da Fundação Educacional Dr. Raul Bauab, Ana Maria Galvão de Barros Almeida, a criança que convive desde a infância com os livros tem tendência a escrever melhor. “A leitura amplia a criatividade e auxilia na alfabetização. O hábito deve ser ensinado em casa, desde pequeno”, comenta.
Atualmente, há opções que facilitam a prática da leitura por crianças de diferentes idades e em diversas ocasiões. Há livros de plástico, que podem ser molhados durante o banho, ou de pano, para evitar que os pequenos rasguem enquanto manuseiam.
“De 6 meses a 1 ano, trabalhamos a parte senso-motora. A criança vai apalpar, sentir texturas, conhecer formas, tatear as folhas”, conta a pedagoga Priscila Tomé Cok. Ela acrescenta que até os 2 anos de idade os livros auxiliam no desenvolvimento da coordenação motora dos alunos. “Esses hábitos induzem a criança a querer ler cada vez mais.”
O incentivo deve ser constante, tanto na escola quanto em casa. A ação facilita a alfabetização e desperta habilidades de linguagem, vocabulário e criatividade. Além disso, o recurso pode ser utilizado para apresentar às crianças diferenças entre as pessoas, as culturas, a lidar com questões cotidianas e emocionas e a entender normas e regras.
A autônoma Kátia Cilene de França Locatelli, mãe do pequeno Noah Locatelli, de 2 anos, avalia que o momento da leitura faz diferença no desenvolvimento do filho. “Ele gosta muito, faz perguntas. Às vezes, ele mesmo pega o livro e fala que vai ler para mim”, conta.
Além de fazer bem para a alfabetização, a historinha ajuda a criança a entender quando é hora de prestar atenção, de se concentrar, de ficar em silêncio e de ouvir.
Interação
O momento da historinha em casa é visto como hora de prazer e interação entre os pais e os filhos. “Tem de ser um momento gostoso, para eles ficarem juntos”, conta a professora Aline Sales Esteves.
O tempo dedicado à leitura pode ser incrementado com fantoches, objetos com som e outros artifícios que prendam a atenção do filho. A professora Sirlene Aparecida Rodrigues ressalta que estes objetos são utilizados principalmente com as crianças menores. “Aqui, nos usamos dedoches, chocalhos para os bebês, o que faz muita diferença no desenvolvimento deles. Eles ficam mais atentos.”
A mãe do Noah avalia que a hora da história é um momento único dos pais com o filho. “Quando ele está com o pai não pede livros, pede para falar as letras das palavras que vê.”
Fonte: Comércio do Jahu