Podcast desta semana recebeu Luiz Schwarcz e Fernando Baldraia para falarem sobre o manifesto a favor da diversidade divulgado pela Companhia das Letras
Texto por Talita Facchini
No Brasil, o racismo estrutural está presente nas mais diversas áreas: na educação, na saúde, na cultura, nos esportes, no trabalho… e no mercado editorial não é diferente. Na semana passada, a Companhia das Letras, uma das maiores editoras do país, divulgou um manifesto público a favor da diversidade que repercutiu no mercado nacional e internacional.
No documento, a editora destaca que o racismo estrutura nossas relações e “impacta também o ambiente editorial, onde não só a maior parte dos funcionários em postos de direção são brancos, como os catálogos são majoritariamente compostos por autores brancos e de origem europeia”. Neste sentido, a empresa fez uma autocrítica e elaborou um plano de ações tendo a diversidade como foco principal. Para falar sobre o manifesto e explicar essas ações, o Podcast do PublishNews conversou com Luiz Schwarcz, fundador e CEO da Companhia das Letras, e Fernando Baldraia, editor de diversidade, cargo recém-criado pela editora.
Na conversa, Schwarcz explicou que a Companhia fez uma autocrítica e partiu da visão de que tudo o que foi feito ainda é muito pouco. Nas palavras do editor, a editora já tinha essa preocupação com a diversidade no seu catálogo, publicando obras sobre questões de gênero e raciais desde a década de 1980 e 90, mas reconhece que, na força de trabalho, a questão da diversidade era mínima. “Se nós conseguirmos tornar nossa equipe mais cheia de cores, com mais representatividade de outras formas de pensar, de outras formas culturais, nós seremos melhores”, disse admitindo que a Companhia reproduz o padrão da maioria das editoras: “Ela é muito branca”, assumiu.
Leia a matéria completa publicada no site PublishNews.